Medo
Num mundo de insegurança,
Movido pela rede complexa do social,
Na vulnerabilidade do desconhecido,
Na desconfiança do impalpável
Na concepção de um imaginário aturdido,
Desenvolvem-se esboços de fobia
E um itinerário de ansiedade a terror,
Na articulação de crenças sem via
Elevando-se discriminação e rancor,
Complexos de inferioridade,
De rejeição a solidão,
Ciclos de pânico e depressão;
Desenvolta a agressividade
Propicia à luta e fuga
No defeso do maior medo por instinto:
A morte que não transmuta.
Acedia
Sobre os corpos estagnados
Abate-se o peso da apatia
Um amargo letargo
Que torna os seres minguados.
A recusa na partilha da alegria do mundo
Tem na nostalgia alicerce profundo,
No abafamento, na insegurança, na moleza
Reina a taciturna melancolia,
Uma tristeza que dilacera
Forçando infelicidade e angústia.
O vazio, a depressão, uma preguiça que não cessa,
Tornando o dia a prorrogação do torpor da noite.
Que pode a Diligência fazer quando cede a inocência?
Todo o desespero em clamor converge a Belphegor seu senhor.
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